Tuesday, 16 December 2008

Visto a camisola cinzenta

que me deu a Tia Inês. Não, a mana da roupa! Assim é que é.
Escolho o cachecol cor-de-rosa, o mais significativo da colecção, por ter sido o primeiro que comprei com esse propósito.
Era 1998 e eu ia estudar para Vila Real.
Avisei logo a minha Mãe que nesse ano não ia cortar o cabelo, não porque ela mandasse no meu cabelo (lá em casa sempre foi mais "cada um sabe de si, e o Pai tem a mania que sabe de todos"), mas para que não andasse sempre a perguntar quando é que eu cortava o cabelo.
Cabelo e cachecóis, eram as minhas armas contra o frio de Vila Real.
E casacos compridos, que de cada vez que usava o blusão verde de forro de pêlo (lembras-te, Pi?) gelava o rabinho até à UTAD.
Lembro-me de nesse ano também vestir imenso uma camisola cinzenta com o cachecol cor-de-rosa, embora já não saiba que camisola era essa.
Tenho sempre saudades quando me lembro desse ano, o frio nas manhãs das aulas práticas de Física às 8h, o caminho gelado (e eu com medo de escorregar e cair da ponte do comboio), o atalho que me deixou na melhor forma da minha vida, o Inverno de noites azuis-negras e a Fiona.
E o Natal mais Tim Burton de que me lembro, nesse reino longínquo e frio, todo ele azul-negro como esta música.

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