Thursday 17 December 2009

Performance 2

Com as manas e a mummy a assistir, soube tão bem estar em palco!

Acho que foi uma excelente forma de terminar o seminário sobre violência de género e saúde (modéstia à parte e favas à superfície :)

Obrigada por terem estado lá! A vossa presença e opinião são muito importantes!

Pi

Monday 30 November 2009

Performance do GATA

A performance do GATA ontem, em Braga, foi um estrondoso sucesso. Soube-nos muito bem a todas estar no palco, a participar no festival e a lutar por uma causa!

Segue-se a actuação no próximo dia 9 de Dezembro, no final do seminário "Violência de Género e Saúde", na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, a partir das 17h30.

Apareçam!

Tuesday 24 November 2009

16 dias de activismo

Começam já amanhã (25 de Novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres) e vão até 10 de Dezembro (Dia Internacional do Direitos Humanos) os 16 dias de activismo pela eliminação da Violência contra as Mulheres, dinamizados pela UMAR (União Mulheres Alternativa e Resposta).

Entre as inúmeras actividades, contam-se a participação do GATA com uma performance no FeministizARTE, em Braga, no dia 29 de Novembro, pelas 17h, e o seminário "Violência de Género e Saúde" na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da U.P., no dia 9 de Dezembro, pelas 17h30.

Juntem-se a esta causa, venham combater a violência e lutar pela igualdade de género!

Histórias de encantar (!?)

Não procures o príncipe encantado. Procura, antes, o lobo mau: ouve-te melhor, vê-te melhor e ainda te come!

Monday 26 October 2009

GATA

(Grupo de Activismo e Transformação pela Arte)

Grupo do qual faço parte e que teve o seu primeiro encontro hoje (ontem, 25), com interessantes resultados.

Se eu tivesse que vos convencer a pensar em algo, seria, do alto dos meus super-poderes:

Work together!
Live together!
Love together!

Wednesday 21 October 2009

Clube do Abraço

Olá a todos/as!

Só para vos dizer que o Clube do Abraço a que presido (sucursal portuguesa) vai de vento em popa: neste momento há 7 entusiastas associadas. O próximo passo é a primeira saída conjunta. No entretanto, tenho postado as novidades e a evolução do dito em www.clubedoabraco.blogspot.com

Apareçam por lá!

Abraço

Wednesday 30 September 2009

Votava neles todos os dias

Sondagem à boca do Gmail:

moi: votaste bloco?
Joana: nope, CDU. o louçã passa-se dos carretos.
moi: votaste CDU pela primeira vez?
Joana: não, pá, voto tantas vezes. é pena não haver mais oportunidades
moi: :-P
Joana: votava neles todos os dias

(in Conversas no Gmail)

Pior que o Louçã não ter ligado a Sócrates

A minha mãe para a filha mais nova (radical de esquerda não moderada):
"Nem me deste os parabéns pela vitória do meu CDS!".

Sunday 20 September 2009

Aldeia das Açoteias

Acho que descobri a nossa casa na Aldeia das Açoteias. Faltou-me o irmão para confirmar, no GPS interno, se era mesmo aquela, mas eu acho que era aquela.
A piscina era de certeza aquela, apesar de agora parecer minúscula, a imensidão de água que eu tinha de aprender a nadar é agora meia dúzia de braçadas. Mas é a mesma sensação, aquela piscina é A Piscina. E a casa era a nossa.

Friday 7 August 2009

Vou pôr aqui esta música...



...para não ter de ir ali ouvi-la todos os dias.

Wednesday 15 July 2009

Caríssimos:

Agora que vou fazer 29 anos (aaaaaaaarrrrrrggggggggghhhhhhhhh!), parece que tenho de crescer um bocadinho. Mas não muito, pelo que vos apresento a minha lista de umbiguice, edição "2009 - para o que vocês haviam de estar reservados...", muito ao estilo do avô Simpson: I'm old, gimme gimme gimme!
Então vamo' lá ber... Wishlist:
1. uma carteira / porta-moedas (desesperadamente necessitada)
2. roupa (venha ela)
3. dream travel: roadtrip across the US, going to Vegas (posso sonhar, não posso?)
4. um labrador retriever cor de areia (há coisas que nunca mudam ;) )
Podem afixar no frigorífico. Agradecidos (nós).

Sunday 5 July 2009

Pedaço de mim

Que saudades do LP a girar na nossa antiga aparelhagem na Aval de Cima, lembram-se? Um pedaço de mim ficou lá...

Friday 19 June 2009

So long, car


Vendi o Golf. Perdão, o Golfinho. Por um preço simbólico sem qualquer relação com o valor deste belo exemplar de tecnologia alemã, claro. O pobre tinha 14 anos (o que, em anos de gente, dá 98 anos bem medidos), várias viagens Portugal-Lux no lombo, uma porrada de noites ao relento no clima extremo do paízinho que tão bem me acolhe e sinais claros de negligência. Ia escrever um panegírico que evocasse os sítios por onde passámos, verdes eram os campos, cinzento o alcatrão, as pessoas que transportámos, as músicas que lá ouvimos, o muito que lá fumámos e rimos e chorámos, enfim, os altos & baixos da nossa relação carro-pessoa, mas lembrei-me que o irmão, em metendo as sisters, não gosta de cenas pornográficas. Pena. Garantiram-me que o vão tratar bem e vendê-lo a uma família que o estime. Ontem, quando o deixei, nem olhei para trás, envergonhada de o abandonar assim às mãos de estranhos, mas ia jurar que os faróis estavam turvos, como que marejados de condensação.

Tuesday 16 June 2009

Visita de médica


Em apenas algumas horas, durante a visita a esta exilada, a irmã revolucionou-me a vida, ordenando-me o guarda-fatos, cujo estado repugnava ao seu sentido estético. Acabaram-se as manhãs em que encontrar uma camisa era uma incursão perigosa no bunker das trapalhadas: agora sei onde está tudo, o que poupa imenso tempo. Como diz a mana, tornei-me "omnisciente no que toca ao [meu] próprio vestuário". Obrigada, sis, prometo usar estes poderes para o bem.

Monday 8 June 2009


(copiado da menina limão, possivelmente o blogue negro mais bonito da blogosfera)

Saturday 6 June 2009

Eu sei que ele não lê esta droga...


...mas queria lembrar ao irmão que conto com postais de Barcelona e de Madrid. Antecipadamente grata,

Irmã

P.S. A morada é rua d'nome-da-cidade-mais-simpática-à-beira-mar-do-país-onde-vivem-Nelson-&-Arminda-na-versão-francófona-tb-adoptada-por-espanhóis, n. 56; código postal 11, seguido da idade actual do irmão (a do BI, não a mental), paízinho-que-tão-bem-me-acolhe, lamber selo, fim.

Thursday 4 June 2009

Feminismos

Hoje, na aula, ouvi esta e gostei...

As mulheres são tudo muito!
(Mª Teresa Horta)

Monday 1 June 2009

Not so famous last words

(Dançando ao som de Jersey Girl):

"Onde é que vais encontrar um homem que dance tão mal como eu?"

Wednesday 27 May 2009

Assim a olho nu...

Depois de invocar milagres e pedir ajudar aos santinhos, lá descobrimos uma barraca onde assentar arraiais nas férias. Como diz a maria madalena, "foi uma escolha de olhão".

Tuesday 26 May 2009

Quereis milagres, não?

Mana: descobre uma casa gira e barata no Algarve numa área quente
ok?
temos de marcar!
me: ok
eu vou fazer um milagre
e depois vou parir uma criancinha pelo regaço
Mana: ahahahahahahah
me: o mal é que o azul celeste nunca me ficou bem

Road Test

Opel Corsa 1.7Di Vs Toyota Auris 1.4D
Especificações técnicas
Opel Corsa - 1700 cc, 65 cv, tara 1100
Toyota Auris - 1400 cc, 90 cv, tara 1760
Condução a cargo de:
Opel Corsa - Pi Papa Léguas, aka, Road Runner, aka, Beep Beep
Toyota Auris - esta vossa criada, aka, Menina, aka, Wyle E Coyote
Trajecto: Fafe Lameirinhas S. Mamede - Carvalhido
Resultados: Sem surpresa alguma, especialmente tendo em conta a condutora adversária, ganhou o Opel Corsa. Nas calmas.
A reter: a segurança e fiabilidade do Toyota Auris a curvar nos acessos à A41 e N14 a mais de 80Km/h.
A esquecer: a dificuldade do Toyota Auris em acompanhar o Opel Corsa em recta; ideias peregrinas de deixar a irmã ir à frente.

Saturday 2 May 2009

Monday 27 April 2009

Vendem-se massagens! (Não vamos ao domicílio!)

Para todo o tipo de dores e maleitas, mal-estar ou aleijão físico, chegou o cadeirão de massagem! É uma máquina potente que ronca enquanto trabalha mas mesmo assim descontrai q.b.!

Todos/as os/as interessados/as deverão entrar em contacto para marcações pelo 91 91 91 911.

Fazemos desconto para grupos!

E você, já fez a sua massagem hoje?

Monday 20 April 2009

Dieta equilibrada

Entrée: sopa de cerefólio (home made)

Prato principal: salada de quinoa, favas e feta (fresca do supermercado)

Sobremesa light: 2-two-2 Mars bars (directamente do frigorífico)

Café, digestivos (má consciência on the rocks)

Wednesday 15 April 2009

Visita ao INEM

Levantei-me cedo e acompanhei os miúdos numa visita ao INEM, no Porto.
Chegámos debaixo de chuva e fomos recebidos pela formadora deles (a que organizou tudo) que lhes recomendou que se portassem bem e não fizessem barulho (o barulho que normalmente fazem durante as sessões de formação!). Bem "ensaboados", subiram ao 5º andar e esperaram, que é como quem diz, esperámos, pelo enfermeiro-especialista(!) que, por sinal, não era grande simpatia. Assistimos a uma apresentação seguida de um vídeo e depois visitámos o CODU (nome de código para Centro de Orientação de Doentes Urgentes) que é no fundo onde vão parar as nossas chamadas quando ligamos para o 112 e é mesmo uma emergência. Deu para perceber como tudo funciona e no fim ainda tivémos direito a visita guiada em pormenor a uma das ambulâncias.
Os miúdos adoraram, mas ficaram ainda mais contentes por irem comer ao MacDonald's! Eu lá os acompanhei e comi uma salada. Vida de coordenadora.

Friday 10 April 2009

They say it's your birthday

Happy birthday to you, sis! Agora, durante oito dias, temos a mesma idade. Não abuses.

Wednesday 8 April 2009

Henriquinho 'incomunicável'

Disse não à VODAFONE!
Insultei a NOKIA de pêga, pah!
E ainda poupo 20 euros por mês...
Fazei como eu, povo do universo, libertai-vos das grilhetas, vivei!

Irmãs e Irmãos, juntos podemos!

Tuesday 31 March 2009

É a 100!! É a Cem!!!

Solta o Henry Boy que há em ti!

É a frase do dia, seleccionada por um rigoroso comité de irmãs doutoradas em Estudos Henriquinos. Criatividade desbragada, humor sem limites, conversa de engate criativa? Solta o Henry Boy que há em ti!

Thursday 19 March 2009

Trinta anos de irmão


Quando nasceu foi alvo da inspecção minuciosa das irmãs, ambas na idade impressionável que antecede os estudos primários: "Ui, que feio que é o mano!", concluíram. Juízo precoce: em menos de nada converteu-se num bochechudo que apetecia comer à dentada, bombocas de morango ou de chocolate à escolha das freguesas, as mesmíssimas más-línguas da maternidade, agora convertidas à adoração do irmão.

Entre o amor e o ódio, venha porém o diabo e escolha: regressadas da escola, vestíamo-lo de vestidinho aos folhos por cima da camisola, chapéu de lã com flores, que bonito que era o mano, qué guapo!, juravam as espanholas da Aldeia das Açoteias, ainda o Algarve não era a West Coast, ele rodeado de bolas de todos os tamanhos e feitios, oferenda dos adultos na tentativa vã de o conquistarem só para eles.

O "xedutor" no Algarve

Todos o queriam: houve mesmo quem quisesse comprá-lo, "nós não temos filhos, vocês já têm duas, deixem-nos adoptá-lo, pagamos o que for preciso". Queriam: o progenitor sempre foi paranóico, e com nenhum dos filhos tomou tantos cuidados para que não fossem raptados. Os perigos espreitavam realmente de todos os lados, mas como noutros crimes com menores, o maior de todos acoitava-se em casa: eu, a mana mais velha na-altura-não-tão-velha, sonhava raptá-lo, minha única trouxa quando fugisse de casa, que foi lugar que sempre achei um bocado mal frequentado e de onde pensei raspar-me mal me trouxeram da maternidade.

Tinha tudo planeado com a logística perfeita dos sete anos (já nessa altura era uma grande estratega): abalávamos de boleia para o Porto (que na altura se limitava à rua Pereira Reis), eu vendia bugigangas nos cafés (amostras de champô e perfume que havia de cravar nas perfumarias do bairro ou roubar das revistas na tabacaria), e com o lucro comprava bens de primeira necessidade para ambos, arroz, arroz e mais arroz (datam dessa época as infindáveis perguntas à mãe, "mãe, quanto custa um Kg de arroz?", "mãe, quanto custa uma dúzia de ovos?", havia que deitar contas à vida caso a quotação das amostras baixasse abruptamente no mercado). Note-se que não me movia, neste rapto sonhado que me consolava os dias, nenhuma espécie de altruísmo ("tenho de salvar o irmão das garras do amor paterno"). Nã, egoísmo do mais desbragado: passe o dramatismo, não podia viver sem ele.

Irmão "drag queen"

Trinta anos dele e continuo a precisar do gajo como de arroz para a boca. No Península a curtir uma fossa colectiva, tive uma noite uma bela epifania: eu era na verdade uma felizarda amada pelos deuses, porque apesar de todos os pesares, tinha uma versão revista e melhorada de mim própria na família, quitadinha com carradas de sentido de humor e sex appeal masculino. Agora vejam bem se atingem a enormidade da revelação (noite iluminada, essa): em milhões de famílias chinesas, argentinas, togolesas, venezuelanas ou guianenses à escolha, o meu irmão tinha nascido por puro e inacreditável acaso na mesma família que eu. UAU! Pasmem. Acreditem em deus ou nos deuses, na reincarnação do espírito, na pagã serendipidade: esta coincidência, sob todas as evidências um prodígio de generosidade do grande arquitecto, beneficiava-me a mim e só a mim: o Universo era na altura um lugarejo deserto e assustador, e sem o irmão eu teria batido com a porta antes de completar oito anos. Não seria grande perda, mas era uma merda, porque tínhamos ambos ainda muita coisa que viver.

Como nas grandes paixões, estar com o mano foi sempre um fim em si mesmo. Praticávamos ambos o situacionismo avant la lettre, antes mesmo de ele me ter apresentado Guy Debord: hei-de estar às portas da morte, ou ela à minha porta, e no filme da minha vida que não hei-de deixar de visionar reverei um rapaz e uma rapariga com narizes da mesma estirpe, deitados no esplendor da relva a ecoar "UóÁÁ!", agitando o sol com as suas gargalhadas, algures na Alsácia francesa - ou de como a plenitude do ser, desculpem o palavrão, se contenta com bem pouco. Outros programinhas situacionistas: o luxo de gastar tardes inteiras a pedalar na Volta a Portugal, deitada no sofá ("Podes sonhar! Correr o mundo nessa nave a pedal!"); ser usufrutuária de "dopping" de empurrão nas encostas de Porto Santo; discutir o sentido da vida em longas chamadas telefónicas; devorar compotas para calar "fame chimica"; preferir um relvado na Alemanha a todas as catedrais do país ("Está gostando de Bonn?"). Foram cardos, foram prosas, porque esta love story tem tudo para ser um sucesso de audiências Hollywoodesco, drama, tragédia, suspense e dor. A actriz que dará vida à minha interessantíssima pessoa há-de chorar longas lágrimas num comboio regional a regressar de Utrecht, há-de sobressaltar-se no dia de Natal a muitas milhas de distância, e há-de querer trocar toda a felicidade a que tem direito por cinco minutos da felicidade dele. Vai ser de chorar baba e ranho, olhem o que vos digo, dramalhão à antiga com final feliz ao gosto das audiências. Havemos de ir vê-lo os dois, num cineminha em Utrecht com cartazes retro à entrada, pago eu.

N.B. O irmão fez anos há dois dias (salvé o 17 de Março!, como escreve a progenitora), mas estive raptada por múltiplos afazeres. Tarde mas sentidamente, aqui vai a minha homenagem a essa figura maior da minha vida.

Saturday 14 March 2009

Numa acção de formação sobre violência sexual...

Formador (uma besta): Quem nunca teve fantasias sexuais desviantes que levante a mão! (auditório impávido e sereno)
Formanda (Barbie): Ai, eu acho que nunca tive...
Formador: Oh, é a única pessoa que eu conheço nessa situação!

(E durante o intervalo, em confidência)
Formador (uma besta armada em sedutor): Sabe? Estou muito preocupado consigo. Tem a certeza que nunca teve essas fantasias...?

E pagámos 45€ para ouvir isto!!!

Thursday 5 March 2009

Que fixe, vamos pó Sul ;-)

Baixa (de)pressão

H.: oi tudo bom?
moi
: meia deprimida
mas isto passa-me
H.: atão?
moi: nada
dia de chuva
H.: é do tempo
não te dás com a pressão baixa
moi: estamos com pressão baixa?
H.: ya
de chuva sempre pressão baixa
a rondar os 850 Hpa
quando tá solinho pode ir até 1015 HPa
moi: meu deus, tenho que falar mais ctg
Ju passou horas a psiquiatriar-me
e afinal era só isso!
explica mais
H.: a pressão é o peso da coluna de ar sobre a tua cabeça
com variações bruscas podes sofrer
moi: extraordinário
mas olha, hoje toda a gente estava deprimida no Lux
H.: é de ser um país pequeno que sabe que a sua economia está baseada num sistema que faliu, não tem nada a ver com o tempo neste caso ;-)
moi: ahaahhaahhahahah
H.: olha uma boa música para ti



in Conversas no GCHATo (abridged)

Monday 2 March 2009

único! - Autonomia Já!

Na mesma moeda

Joana: este fds, the univers kicked my ass twice
moi: shit, coitadinha...
Joana: havias de ter visto como ficou o universo!

in "Conversas no GCHATo" (adaptado; publicado com a devida autorização)

Wednesday 25 February 2009

Pague um, leve dois



Para a administração deste tasco: entra com os dois pés direitos!

Friday 20 February 2009

Havemos de ir a Viana

Vocês não sei, mas eu vou hoje. Para a melhor das companhias (top5, pronto, não fiquem ciumentos), que já me disse que vou ficar ao lado dela no jantar e também "Vê como é que te portas hoje", cheia de medo que a prima dois anos e sete meses mais velha a envergonhe à frente dos amigos.
Eu porto-me como a tua prima fada-do-lar ajuizada, don't worry, disse-lhe.
Depende de ser ou não a designated driver, já que ela é a birthday girl, digo-vos.

Thursday 19 February 2009

Erros que nos condenam ao Gulag

Acordo e espreito o dia depois de uma noite de vendavais e bategadas barulhentas, os lobos frontais que destrinçam entre os vários idiomas ainda cheios de ramelas. "Well, at least the tempest has stopped", anuncio. "Did you say 'the tempest'?... The 'tempest'?! I don't think anyone has said 'the tempest' since Shakespeare!".

Another mistake and it's straight to the Gulag.

Tuesday 17 February 2009

Now you see me, now you don't

moi: olá
(estou invisível)
vês-me? ;-)
(...)
H: [H. is away]

moi: Oi
estou invisível
vês-me?
(...)
Mariamadalenarrependida: [away]

moi
: Ju! Estou invisível!
Ju: I! Que bom ver-te!

Saturday 14 February 2009

It's that time of the year again

Fujam das mesinhas a dois, envenenem chocolates, maldigam os homens/mulheres/e garotos, saiam em bando com amigos & amigas, riam-se muito alto dos casalinhos imbecis, apontem para as mesas duplas no Pizza Hut como se estivessem no Zoológico ("Olha aqueles dois, que cómicos!", "Aquilo é um par de Teenagerus Amorosus?"), decapitem ramos de flores, desenhem corações putrefactos, mas não deixem de ouvir o homem mais bonito do mundo (ou a mulher mais bonita do mundo, porque gostos não se discutem e isto não é, embora às vezes pareça, um gineceu).

Thursday 12 February 2009

Ainda não tinha três anos

e viu morrer-lhe a família toda na mesma semana. Foram a enterrar no mesmo cortejo.
O primeiro a ficar doente, com a gripe pneumónica que vitimou quase 30 pessoas na aldeia, foi o único que sobreviveu. Quando as pessoas entraram em casa para ver a mãe morta, o pai, já quase a ir-se também, pedia a todos que não lhe pisassem o bebé, que estava atrás da porta. Era o meu avô.
A mãe, mais a bebé de 6 meses que trazia na barriga, o irmão mais velho, Luís, e depois o pai, morreram. Só morriam os novos - os meus bisavós teriam pouco mais de 20 anos.
A imagem mais dura de toda a história era contada por uma vizinha da família, a Tia Prazeres, que se lembra dele à esquina da casa a chorar depois do enterro.
Ficou com uma tia que vivia numa aldeia vizinha e viu os bens a serem-lhe tirados, um a um, colchas de linho, fios de ouro, terras, animais, pelo tutores.
Pouco depois de fazer 10 anos chamaram-no para trabalhar noutra aldeia, a alguns 10km de onde vivia numa casa cheia de gente e de fome, mas com tanto amor que, passados poucos dias, ele fugiu com as saudades. Voltou para o patrão sob uma condição: um saco de trigo para a tia poder fazer pão para os filhos.
Toda a minha vida o conheci de poucas mas acertadas palavras. Ao contrário do que seria de esperar, foi sempre bem-disposto e piadético. Acho que as gargalhadas ainda sabem melhor assim, quase roubadas, a graça inesperada.
Quero lembrar-me sempre dele assim ou, pelo menos, acabado de se queixar de uma dor na perna, quando estava internado, a dizer-me "Estou capaz de dar uma corrida".

O irmão-que-devia-ter-sido-meteorologista-devia-mesmo-ter-sido-meteorologista

Está SOL!

Wednesday 11 February 2009

Here comes the sun

Depois de neve, frio, chuva & rajadas de 90 km/h, tudo no mesmo dia, e de semanas de tempo neurasténico, irmão-eu-devia-ter-ido-para-meteorologista garante que as coisas vão mudar:

H.: como é
ja chegou o sol ou ainda nao?
moi: não
mas parou de chover
já não é mau
H: exacto
amanha sol
eu devia era ser meteorologista
http://www.metoffice.gov.uk/weather/europe/surface_pressure.html
ve o que se está a passar
o luxemburgo esta a meio caminho de uma alta e de uma baixa pressao
a mover-se na direcção Este
ou seja, o anticiclone passa amanha :-)
moi: e isso é bom para nós, o anticiclone?
H.: tempo seco
e mais frio a noite
mas mais quente de dia
por causa do sol
e tb porque é ar sub tropical :-)

["Ar sub tropical": that's music to my ears...]

A ouvir

God save us from all paranoia, except Radiohead's. Amen.

Tuesday 10 February 2009

Vermelho

Ou Crimson e mais não sei quê que chamam aos outros tons.
Quereis os códigos ou está bem assim?

P.S. Já disse que não sou a Administração, para críticas ou insatisfações, faça(m) você(s) mesmo(s).

Sunday 8 February 2009

A place of love and mystery

"Um pouco de sexo e muita poesia", café & cigarros, ter esta senhora a cantar-nos a banda sonora dos dias... Não há muito mais na vida - e chega.

A Hora do Diabo

No light, but rather darkness visible.
Mas essas chamas lançam, não luz,
mas sim treva visível.


Epígrafe em "A Hora do Diabo", Fernando Pessoa (tradução de um verso de Milton em Paradise Lost, descrevendo o Inferno)

Friday 6 February 2009

Borges e nós



Sabia que Jorge Luis Borges era descendente de portugueses (é ele próprio quem o conta no poema "Os Borges": Nada ou pouco sei dos meus ancestrais / Portugueses, os Borges: vaga gente / Que na minha carne, obscuramente / Prossegue seus hábitos, temores e rituais). Não sabia que era descendente de transmontanos, ao que parece de Torre de Moncorvo, de onde seria o seu bisavô Francisco Borges.

Não tenho grande paciência para vagos ascendentes portugueses de gente célebre: a coisa parece-me um bocado provinciana. Começa-se por saber que John Dos Passos descendia de madeirenses e o prémio Nobel da Medicina 2006 de açorianos, e quando damos por ela estamos em pulgas por o próximo inquilino da Casa Branca ser um cão de água português. Depois, alguns supostos luso-descendentes dão mau nome a Portugal: a performance do Keanu Reeves é suficientemente "cringing" para ainda lhe juntarmos o embaraço de se tratar de um quase compatriota a fazer aquela figura, e com toda a gente a ver. A mãe, Rose Miguel, tinha ao que parece ascendência portuguesa, mas que culpa tem a senhora? E não me venham cá com o Neo, o Matrix é absolutamente overrated.

Enfim, revenons à nos oignons e às origens transmontanas de Borges. Se falo nisso não é para elevar Trás-os-Montes por causa do ilustre descendente, nem para reforçar a minha afinidade com o escritor argentino, que já me é suficientemente querido sem sacar de primos distantes nem genealogias bacocas. Não é pois para procurar quaisquer laços de Borges com os nossos próprios ascendentes, nem para reforçar o turismo no nordeste transmontano, que falo nas origens do argentino. Não: a verdade é que não sei porque falo nisso.

Adenda: como o layout deste blogue continua a não deixar ver os links nos posts, apesar de eles estarem lá, aqui fica um artigo que explora as origens transmontanas de Borges: cliquem -------> aqui <-------, não tem nada que enganar.

Anda, olha ito!

No Panda está a dar um vídeo foleiro de uma loura desenxabida e dois bebés gordos a cantar o "Joana Come a Papa" com voz de putos. Ele chama-me para ver, todo contente porque reconhece a música que eu às vezes lhe canto.
Eta é tu, ete sou eu, diz enquanto aponta a loura desenxabida e um dos bebés gordos. Eu não sei além do 4, 5, 6 era uma história de reis e uma colher de papa, mas aquele 16, 17 mais uma pinga no babete não me convenceu.

Monday 2 February 2009

Queridos manos,

Não fosse o voo marcado (e se calhar o "cagam-se as calças", que não levei pára-quedas) e tinha-me deixado ficar entre as baguettes e as rues que parecem de brincar lá na França. Rumava talvez a uma certa cidade que eu cá sei na Île de France, mas ficava entre franciús e ficava bem.
O irmão vai decerto chamar-me desnaturada, como aquela vez que confessei sonhar ser hospedeira, quando ainda não se chamavam assistentes de bordo, e me perguntou, na cozinha da Aval de Cima, "e a família?!". A família? Je m'en fous, mon frère.
Paris, j'arrive!
Saúdinha!

Monday 26 January 2009

Já ressuscitoooouuu

Epá, o meu Bloglines andava amuado (se calhar estava com o período) e eu não sabia que o nosso bloguinho estava vivo, ó my love, afinal estás alive, yes, pois estou.
Posso ler?

Sunday 18 January 2009

Las Abinturas de Asterix L Goulés

E esta é a versão feminina do "Leiermann"

Gute nacht

A Winterreise (Viagem de Inverno), que começa com um Gute nacht ("As I pass, I write 'Goodnight' on your gate, so that you may see that I thought of you" - que é o adeus mais bonito, porque silencioso, da história das separações), termina com a morte a namorar o amante desiludido - ou ele a ela. Estaria Schubert numa "black mania" quando compôs esta morte ao piano? Teria visto a morte? Ouviu-a de certeza, disso não há dúvida, e reproduziu-lhe a voz. O tocador de realejo ("Leiermann", hurdy-gurdy em inglês), ou o piano que reproduz esse instrumento, não representa a morte: ele É a morte, seduzindo com harpejos cautelosos o amante no fim da viagem. Mesmo sem perceber a letra, a conversa que ambos têm, piano/homem do realejo e barítono/amante, ouve-se com sobressalto - porque tememos ser seduzidos?

A primeira vez que ouvi a Winterreise, guiada por uma mensagem escrita a letras invisíveis num portão à vista de todos, exasperei-me com a voz do barítono/amante. Quis que se calasse, que se rendesse, que deixasse (ou)vir a morte.

Hoje, curiosamente, apetece-me ouvir o cantor e desejar-lhe Gute nacht.

Friday 16 January 2009

UNESCO RED BOOK ON ENDANGERED LANGUAGES: EUROPE

Leonese

Variant(s): known as Mirandese in Portugal
Geographical location: Spain: historical province of León, extending to the northeastern corner of Portugal
Relationships: /Ibero-Romance/Indo-European
Present state of the language: SERIOUSLY ENDANGERED
(a) children speakers: in Spain, some children may learn the language, but most if not all of them become more fluent in Castilian Spanish and may not become active users of Leonese; in Portugal, the language is more widely used
(b) mean age of youngest speakers:
(c) distribution by sex:
(d) total number of speakers, members of the ethnic group: in Spain, not known; in Portugal, possibly approx. 10,000 speakers
(e) degree of speakers' competence: many speakers mix Castilian elements in their speech
Sources:
(i) information (about the language): Joachim Born: Leonesisch. Lexicon der Romanistische Linguistik. VI, 1. 693--700.
(ii) published and unpublished material (of the language): a little
(iii) competent scholar(s) and institution(s): Joachim Born (Mannheim), Jesús Neira Martínez
Remarks: Extremeño in Extremadura is sometimes regarded as a co-dialect
Compiler: Tapani Salminen, Helsinki, 31 Dec 1993 [updated 21 Dec 1999]

Thursday 15 January 2009

Wednesday 14 January 2009

Este blogue está amodorrado

Admito que escrevo este não-post só para espantar as moscas. Deixem-se estar, a programação habitual segue dentro de momentos.

Tuesday 6 January 2009

Imitando JêPê

Vá, finge que ainda acreditas que vou escrever um livro, romance sem chave, a história para acabar com as estórias, e p'ra começar - como é que se diz Pulitzer em português? Gastei as metáforas, sobram-me adjectivos, de qualquer das formas prefiro o inglês. Diz-me que sonhos trazias, que fazes dos dias, não estão muito usados, troco os teus pelos meus. E finge que não, não tinha razão, quem disse que a vida é sempre a perder.

[a ressacar depois de umas horas passadas a ler isto e isto também, lá do autor da real thing]

JotaPê

Tanta coisa com o JotaPê, tanta coisa com o JotaPê, mas foi a mim que ele disse, decorria o ano de 1999, na primeira (e única) Semana Académica de Vila Real da minha vida, horas depois do concerto dos 12 maravilhosos, "Joana, perdi o meu cachecol, Joana".
Ao que eu respondi qualquer coisa como "Mas eu sou tua mãe, por acaso?", que na altura o mau-feitio era ainda mais pronunciado e dava-me especial gozo ignorar o facto de ele saber o meu nome, em vez de ficar como as parvinhas das gajas que o rondavam incessantemente, aos gritinhos.

O futuro

"Amanhã não estaremos aqui, veja se bebe um pouco e sorri e tira esses olhos do chão! O futuro é lindo: eu já vi! E o avião vai directo para lá! Vamos embora dessa aflição!"

(São Paulo 451, Belle Chase Hotel, letra de J.P. Simões disponível integralmente aqui , música aqui)

Je vais me faire psychanalyser


Demain, je vais aller au laboratoire, parce qu’on m’a dit que je suis pas normal. Je vais me faire psychanalyser. "Docteur, je bois excessivement comme tous les autres, car ma pensée est triste et delirante, neurastenique mon pauvre coeur. La vie, toujours plus ordinaire et merveilleuse, se cache dans l'apparence des choses, entre l'amour et toutel mort. Et moi, je n'aime que la tragicomédie, j'ai des cauchemars et peux pas dormir avant que le soleil s'eveille. J'écris pendant la nuit mon oeuvre singulière: je connais dieu à cause de son absence et j'ai peur du silence e de la mer. Merde. Je ne sais pas ce que je dois faire, c'est un mystère cette dicotomie entre la gloire et la misère. Oh s'il faut souffrir ou être bienheureux, je pense que je peux pas faire grand' chose dans la toilette des étoiles. Et s'il y a un dieu ou deux, je n'ai que mon destin. Et tout ça m'est égal dans la toilette des étoiles. (La Toilette des Étoiles, Belle Chase Hotel, letra de JP Simões)

Eu, a Ju e mais uns milhares de pés descalços partilhamos a glória de ter descoberto o J.P. Simões, ex-Belle Chase Hotel, num concerto em Paredes de Coura, em Agosto de 1998, ainda o Sunset Boulevard, aliás Fossanova, não se tinha posto nas Fnacs desse país. Quando chegámos ao recinto, atrasados - eu, a Dona Ju, e o meu homem da altura (que estava lá para ouvir Tindersticks, que só actuavam mais tarde), já o JP Simões, de bigode decadente, cantava no palco menor, reservado aos inconnus. Foi amor à primeira audição: quem é este crooner, cruzamento de Tom Waits com paródia de Frank Sinatra? Quem é este, quem é este, repetia-se de boca em boca na ladeira de terra batida que desce em anfiteatro. Mais tarde, quando os Tindersticks chegaram ao palco principal, o público sabia que o melhor da noite já tinha passado.
Como deixei o país em 2000, nunca ouvi o "Toilette des Étoiles", segundo e último álbum dos BCH, ninguém me apresentou o Quinteto Tati, e conheço o 1970 só de ouvir no deezer. Uma pessoa anda cá fora a ganhar a vida e ninguém quer saber... Fica a ideia para prendas de natal - Natal é quando um homem quiser, e ainda só estamos nos Reis, ora.

Monday 5 January 2009

E assim?

Ou choram-vos os olhos?
Dizei de vossa justiça, sabendo embora que eu gosto bastante do azul.

Saturday 3 January 2009

Pronto, mudaram as cores do berlogue

Vede lá se gostais (estava fartinha daquele verde sapo-desmaiado).
Reclamações é para Claro Escuro arroba gmail ponto com.
Agradecida.

Não mudou o ar, nem as pessoas,

nem nada no mundo lá fora, como eu cria quando me explicaram que coisa era esta de passagem de ano.
Mas não consigo deixar de sentir uma renovação interior. Talvez seja da purga forçada de há dias. 
Either way, encaro este novo ano como um ano com 12 meses em que muita coisa (ou tudo) pode acontecer.
A 2009 só tenho uma coisa a dizer: bota-te lá 'tão, hóme!