Epá, o meu Bloglines andava amuado (se calhar estava com o período) e eu não sabia que o nosso bloguinho estava vivo, ó my love, afinal estás alive, yes, pois estou.
Posso ler?
Monday, 26 January 2009
Sunday, 18 January 2009
Gute nacht
A Winterreise (Viagem de Inverno), que começa com um Gute nacht ("As I pass, I write 'Goodnight' on your gate, so that you may see that I thought of you" - que é o adeus mais bonito, porque silencioso, da história das separações), termina com a morte a namorar o amante desiludido - ou ele a ela. Estaria Schubert numa "black mania" quando compôs esta morte ao piano? Teria visto a morte? Ouviu-a de certeza, disso não há dúvida, e reproduziu-lhe a voz. O tocador de realejo ("Leiermann", hurdy-gurdy em inglês), ou o piano que reproduz esse instrumento, não representa a morte: ele É a morte, seduzindo com harpejos cautelosos o amante no fim da viagem. Mesmo sem perceber a letra, a conversa que ambos têm, piano/homem do realejo e barítono/amante, ouve-se com sobressalto - porque tememos ser seduzidos?
A primeira vez que ouvi a Winterreise, guiada por uma mensagem escrita a letras invisíveis num portão à vista de todos, exasperei-me com a voz do barítono/amante. Quis que se calasse, que se rendesse, que deixasse (ou)vir a morte.
Hoje, curiosamente, apetece-me ouvir o cantor e desejar-lhe Gute nacht.
A primeira vez que ouvi a Winterreise, guiada por uma mensagem escrita a letras invisíveis num portão à vista de todos, exasperei-me com a voz do barítono/amante. Quis que se calasse, que se rendesse, que deixasse (ou)vir a morte.
Hoje, curiosamente, apetece-me ouvir o cantor e desejar-lhe Gute nacht.
Friday, 16 January 2009
UNESCO RED BOOK ON ENDANGERED LANGUAGES: EUROPE
Leonese
Variant(s): known as Mirandese in Portugal
Geographical location: Spain: historical province of León, extending to the northeastern corner of Portugal
Relationships: /Ibero-Romance/Indo-European
Present state of the language: SERIOUSLY ENDANGERED
(a) children speakers: in Spain, some children may learn the language, but most if not all of them become more fluent in Castilian Spanish and may not become active users of Leonese; in Portugal, the language is more widely used
(b) mean age of youngest speakers:
(c) distribution by sex:
(d) total number of speakers, members of the ethnic group: in Spain, not known; in Portugal, possibly approx. 10,000 speakers
(e) degree of speakers' competence: many speakers mix Castilian elements in their speech
Sources:
(i) information (about the language): Joachim Born: Leonesisch. Lexicon der Romanistische Linguistik. VI, 1. 693--700.
(ii) published and unpublished material (of the language): a little
(iii) competent scholar(s) and institution(s): Joachim Born (Mannheim), Jesús Neira Martínez
Remarks: Extremeño in Extremadura is sometimes regarded as a co-dialect
Compiler: Tapani Salminen, Helsinki, 31 Dec 1993 [updated 21 Dec 1999]
Variant(s): known as Mirandese in Portugal
Geographical location: Spain: historical province of León, extending to the northeastern corner of Portugal
Relationships: /Ibero-Romance/Indo-European
Present state of the language: SERIOUSLY ENDANGERED
(a) children speakers: in Spain, some children may learn the language, but most if not all of them become more fluent in Castilian Spanish and may not become active users of Leonese; in Portugal, the language is more widely used
(b) mean age of youngest speakers:
(c) distribution by sex:
(d) total number of speakers, members of the ethnic group: in Spain, not known; in Portugal, possibly approx. 10,000 speakers
(e) degree of speakers' competence: many speakers mix Castilian elements in their speech
Sources:
(i) information (about the language): Joachim Born: Leonesisch. Lexicon der Romanistische Linguistik. VI, 1. 693--700.
(ii) published and unpublished material (of the language): a little
(iii) competent scholar(s) and institution(s): Joachim Born (Mannheim), Jesús Neira Martínez
Remarks: Extremeño in Extremadura is sometimes regarded as a co-dialect
Compiler: Tapani Salminen, Helsinki, 31 Dec 1993 [updated 21 Dec 1999]
Thursday, 15 January 2009
Wednesday, 14 January 2009
Este blogue está amodorrado
Admito que escrevo este não-post só para espantar as moscas. Deixem-se estar, a programação habitual segue dentro de momentos.
Tuesday, 6 January 2009
Imitando JêPê
Vá, finge que ainda acreditas que vou escrever um livro, romance sem chave, a história para acabar com as estórias, e p'ra começar - como é que se diz Pulitzer em português? Gastei as metáforas, sobram-me adjectivos, de qualquer das formas prefiro o inglês. Diz-me que sonhos trazias, que fazes dos dias, não estão muito usados, troco os teus pelos meus. E finge que não, não tinha razão, quem disse que a vida é sempre a perder.
[a ressacar depois de umas horas passadas a ler isto e isto também, lá do autor da real thing]
[a ressacar depois de umas horas passadas a ler isto e isto também, lá do autor da real thing]
JotaPê
Tanta coisa com o JotaPê, tanta coisa com o JotaPê, mas foi a mim que ele disse, decorria o ano de 1999, na primeira (e única) Semana Académica de Vila Real da minha vida, horas depois do concerto dos 12 maravilhosos, "Joana, perdi o meu cachecol, Joana".
Ao que eu respondi qualquer coisa como "Mas eu sou tua mãe, por acaso?", que na altura o mau-feitio era ainda mais pronunciado e dava-me especial gozo ignorar o facto de ele saber o meu nome, em vez de ficar como as parvinhas das gajas que o rondavam incessantemente, aos gritinhos.
Ao que eu respondi qualquer coisa como "Mas eu sou tua mãe, por acaso?", que na altura o mau-feitio era ainda mais pronunciado e dava-me especial gozo ignorar o facto de ele saber o meu nome, em vez de ficar como as parvinhas das gajas que o rondavam incessantemente, aos gritinhos.
O futuro
"Amanhã não estaremos aqui, veja se bebe um pouco e sorri e tira esses olhos do chão! O futuro é lindo: eu já vi! E o avião vai directo para lá! Vamos embora dessa aflição!"
(São Paulo 451, Belle Chase Hotel, letra de J.P. Simões disponível integralmente aqui , música aqui)
(São Paulo 451, Belle Chase Hotel, letra de J.P. Simões disponível integralmente aqui , música aqui)
Labels:
A poesia é de comer,
Filosofia de bolso,
JêPê,
Mantras
Je vais me faire psychanalyser
Demain, je vais aller au laboratoire, parce qu’on m’a dit que je suis pas normal. Je vais me faire psychanalyser. "Docteur, je bois excessivement comme tous les autres, car ma pensée est triste et delirante, neurastenique mon pauvre coeur. La vie, toujours plus ordinaire et merveilleuse, se cache dans l'apparence des choses, entre l'amour et toutel mort. Et moi, je n'aime que la tragicomédie, j'ai des cauchemars et peux pas dormir avant que le soleil s'eveille. J'écris pendant la nuit mon oeuvre singulière: je connais dieu à cause de son absence et j'ai peur du silence e de la mer. Merde. Je ne
Eu, a Ju e mais uns milhares de pés descalços partilhamos a glória de ter descoberto o J.P. Simões, ex-Belle Chase Hotel, num concerto em Paredes de Coura, em Agosto de 1998, ainda o Sunset Boulevard, aliás Fossanova, não se tinha posto nas Fnacs desse país. Quando chegámos ao recinto, atrasados - eu, a Dona Ju, e o meu homem da altura (que estava lá para ouvir Tindersticks, que só actuavam mais tarde), já o JP Simões, de bigode decadente, cantava no palco menor, reservado aos inconnus. Foi amor à primeira audição: quem é este crooner, cruzamento de Tom Waits com paródia de Frank Sinatra? Quem é este, quem é este, repetia-se de boca em boca na ladeira de terra batida que desce em anfiteatro. Mais tarde, quando os Tindersticks chegaram ao palco principal, o público sabia que o melhor da noite já tinha passado.
Como deixei o país em 2000, nunca ouvi o "Toilette des Étoiles", segundo e último álbum dos BCH, ninguém me apresentou o Quinteto Tati, e conheço o 1970 só de ouvir no deezer. Uma pessoa anda cá fora a ganhar a vida e ninguém quer saber... Fica a ideia para prendas de natal - Natal é quando um homem quiser, e ainda só estamos nos Reis, ora.
Monday, 5 January 2009
E assim?
Ou choram-vos os olhos?
Dizei de vossa justiça, sabendo embora que eu gosto bastante do azul.
Dizei de vossa justiça, sabendo embora que eu gosto bastante do azul.
Saturday, 3 January 2009
Pronto, mudaram as cores do berlogue
Vede lá se gostais (estava fartinha daquele verde sapo-desmaiado).
Reclamações é para Claro Escuro arroba gmail ponto com.
Agradecida.
Não mudou o ar, nem as pessoas,
nem nada no mundo lá fora, como eu cria quando me explicaram que coisa era esta de passagem de ano.
Mas não consigo deixar de sentir uma renovação interior. Talvez seja da purga forçada de há dias.
Either way, encaro este novo ano como um ano com 12 meses em que muita coisa (ou tudo) pode acontecer.
A 2009 só tenho uma coisa a dizer: bota-te lá 'tão, hóme!
Subscribe to:
Posts (Atom)